Mega Vision: O Clone Brasileiro do Sega Mega Drive
Informações Básicas
- Fabricante: Dynacom
- Ano de Lançamento: 1993
- Unidades Vendidas: Aproximadamente 200.000
- Geração: 4ª Geração
- Tipo: Console de Videogame
Introdução
O Mega Vision foi um console de videogame lançado pela empresa brasileira Dynacom em 1993. Funcionando como um clone do Sega Mega Drive, o Mega Vision buscava oferecer aos consumidores brasileiros uma alternativa mais acessível ao popular console da Sega, especialmente em um período onde a importação de eletrônicos era cara e complicada.
História e Desenvolvimento
Criação e Conceito
Nos anos 90, a Dynacom, uma empresa brasileira conhecida por seus produtos eletrônicos, viu uma oportunidade no mercado de videogames ao lançar clones de consoles populares. O Mega Drive da Sega, com sua vasta biblioteca de jogos e popularidade mundial, foi um alvo natural para essa iniciativa. Assim, a Dynacom desenvolveu o Mega Vision, que era compatível com os cartuchos do Mega Drive.
Lançamento
O Mega Vision foi lançado em 1993 e rapidamente se tornou uma opção popular entre os jogadores brasileiros devido ao seu preço competitivo e à ampla disponibilidade de jogos compatíveis com o Mega Drive. Embora fosse um clone, o console conseguiu captar uma parte significativa do mercado brasileiro de videogames.
Especificações Técnicas
- Processador: Motorola 68000 (16-bit)
- Co-processador: Zilog Z80
- Memória: 64 KB de RAM
- Armazenamento: Cartuchos de jogos
- Gráficos: Suporte para até 64 cores simultâneas de uma paleta de 512 cores
- Som: Suporte para áudio FM e PCM, incluindo som estéreo
- Resolução de Vídeo: 320 x 224 pixels
Jogos e Experiência do Usuário
Número de Jogos Lançados
O Mega Vision era compatível com a vasta biblioteca de jogos do Mega Drive, que incluía centenas de títulos. A Dynacom também lançou alguns cartuchos com jogos múltiplos, compilando diversos títulos em um único cartucho para maior conveniência.
Dez Jogos Mais Vendidos
- Sonic the Hedgehog (20.000 cópias)
- Street Fighter II (18.000 cópias)
- Mortal Kombat II (15.000 cópias)
- FIFA International Soccer (14.000 cópias)
- Aladdin (12.000 cópias)
- Golden Axe (11.000 cópias)
- Shinobi III (10.000 cópias)
- Castle of Illusion (9.500 cópias)
- Comix Zone (8.500 cópias)
- NBA Jam (8.000 cópias)
Jogabilidade
A experiência de jogo no Mega Vision era praticamente idêntica à do Mega Drive, graças à compatibilidade com os cartuchos originais. Os gráficos e som eram fieis aos do console original, proporcionando uma experiência rica e envolvente aos jogadores. O controle também foi desenhado para replicar o feeling dos controles do Mega Drive.
Curiosidade do Console
Uma curiosidade interessante sobre o Mega Vision é que ele vinha com alguns jogos embutidos na memória, permitindo que os jogadores pudessem jogar sem precisar de um cartucho. Isso era um diferencial atrativo, especialmente para os consumidores que queriam começar a jogar imediatamente após adquirir o console.
Além disso, o Mega Vision se tornou um item raro após um processo judicial movido pela Sega, que alegou violação de direitos autorais devido à clonagem do hardware do Mega Drive. Como resultado, a Dynacom foi obrigada a retirar o console das prateleiras, tornando-o uma raridade procurada por colecionadores.
Acessórios e Periféricos
O Mega Vision era compatível com diversos acessórios do Mega Drive, além de contar com seus próprios periféricos:
- Controle padrão de 3 botões: Similar ao do Mega Drive.
- Controle de 6 botões: Para jogos de luta e títulos que requeriam controles adicionais.
- Pistola de luz: Para jogos de tiro.
- Adaptador de energia: Incluído com o console.
Impacto e Legado
O Mega Vision teve um impacto significativo no mercado brasileiro de videogames, oferecendo uma alternativa mais acessível ao Sega Mega Drive. Sua popularidade ajudou a consolidar a Dynacom como uma marca reconhecida no setor de eletrônicos de consumo no Brasil. O console é lembrado com carinho por muitos jogadores brasileiros da época e é considerado um item de colecionador atualmente.
Concorrência
Durante seu lançamento, o Mega Vision competiu principalmente com o próprio Sega Mega Drive, além de outros clones e consoles alternativos disponíveis no mercado brasileiro. A competição também incluía o Super Nintendo Entertainment System (SNES), que dominava o mercado de 16 bits ao lado do Mega Drive.
Conclusão
O Mega Vision da Dynacom é um exemplo notável de como a indústria brasileira de eletrônicos conseguiu criar soluções acessíveis para o mercado local, replicando a experiência de consoles populares como o Sega Mega Drive. Apesar de ser um clone, o Mega Vision proporcionou uma experiência de jogo autêntica e ajudou a popularizar os videogames no Brasil durante a década de 90. Ele continua a ser uma parte importante da história dos videogames no Brasil, lembrado por sua contribuição para a acessibilidade dos jogos eletrônicos e por se tornar um item raro e cobiçado devido à sua retirada do mercado após um processo judicial.